segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

MÓDULO II - Parlendas e a contagem

A nossa proposta neste blog é conseguir aliar parlendas e trava-línguas no trabalho com questões matemáticas.
Será que isso é possível?

Neste segundo módulo, vamos pensar em algumas atividades práticas e interdisciplinares.
Você conhece a seguinte parlenda, certo?

A galinha do vizinho

A galinha do vizinho
Bota ovo amarelinha
Bota 1,
Bota 2,
Bota 3,
Bota 4,
Bota 5,
Bota 6,
Bota 7,
Bota 8,
Bota 9,
Bota 10

Esta é uma ótima sugestão de parlenda para trabalhar com crianças na Educação Infantil. Por meio dela, é possível exercitar algumas noções matemática, como a contagem e o aspecto cardinal dos números, levando os alunos a perceberem onde tem mais e onde tem menos.

Você pode construir um grande painel em EVA ou cartolina, e desenhar a galinha com seus ovinhos móveis. É interessante trabalhar com a possibilidade dos alunos mexerem nos ovinhos, rearranjando suas posições e estabelecendo a relação entre a quantidade de ovinhos e a sua representação numérica convencional. Além disso, eles também adoram passar as mãos sobre os ovos e contá-los um montão de vezes.


Outra sugestão interessante é a parlenda dos Indiozinhos:

1, 2, 3 indiozinhos,
4, 5, 6 indiozinhos,
7, 8, 9 indiozinhos,
10 num pequeno bote...

Podemos cantar a música, sinalizando com os dedos o número de indiozinhos citados.

Outro painel de EVA pode ser montado, dessa vez com um grande bote. Alguns indiozinhos serão colocados e retirados, de modo a incentivar a contagem e a sobrecontagem por parte das crianças. O professor pode interferir com perguntas do tipo:

- Se colocarmos mais um indiozinho, quantos teremos no bote?


- Têm dois índios no bote. Três indiozinhos resolveram entrar no bote. Quantos indiozinhos têm agora?


- No bote temos 3 indiozinhos e no rio encontramos 7. Onde há mais indiozinhos? Quantos a mais?


A partir daí, o professor pode começar a estabelecer relações entre o que havia antes e o que há agora, trabalhando com noções de comparação e transformação: quantos tinham, quantos entraram ou saíram e quantos ficaram, sempre incentivando as relações de quantidade.

O trabalho com este tipo de atividade é muito importante, pois os alunos costumam ter a questão da ordinalidade mais desenvolvida do que a cardinalidade nessa fase. Portanto, cabe a nós educadores, propor atividades que permitam às crianças estabelecerem relação entre os aspectos cardinais e ordinais dos números. Para que se desenvolva a noção de cardinalidade é preciso que trabalhemos com situações em que elas possam perceber quanidades, quantos a mais, quantos a menos, etc.

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